sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Casinos e sorrisos


Hoje estive lembrando de uma viagem muito especial, pois eu fiz do lado da pessoa que esta há mais tempo na minha vida: minha mãe!
Nos idos de fevereiro de 2012 chamei ela para uma empreitada "Mãe, tenho milhas do cartão de credito, e dá para gente ir para Punta del Este, ta afim?" .  E ela mais do que depressa " A gente vai poder ir no Conrad casinos?" hahahah
Bingueira já de outros carnavais, um dos sonhos dela era ir naquele Casino que é um dos mais explorados nos programas da madruga estilo Amauri Jr.
Apesar do medo de avião (acho que inerente a maioria das pessoas), ela topou e lá fomos nós, em março, embarcar com destino a Montevidéu.
Free shop sempre é uma atração né? A primeira grande atração da viagem, com aquela infinidade de perfumes e de chocolates. Minha mãe adora uma guloseima, e realmente ela se animou ao ver aqueles tipos dos mais diferentes chocolates "tipo exportação".
Do aeroporto pegamos um ônibus com destino a Punta del Este. Google amigo guiando e nos ajudou a descer cerca de 3 quadras distante do hotel.
Chegando lá, minha mãe que não lembro de ter ficado em hotel antes, ficou muito animada e gostou realmente das instalações. A uma quadra da praia, logo deixamos as malas e fomos andar pela região.
Ai nisso se passaram horas, muitas caminhadas, alguns cafes, flores lindas nas calçadas e toda a descoberta que se faz numa nova cidade. Eu já havia estado la antes, 4 anos antes, mas de passagem, e pouco lembrava dos lugares e das ruas.
Tivemos um jantar muito agradável na primeira noite, e depois fomos ao tão almejado Conrad Casino.
Eu perdi meus 20 dolares e fui andar pelo hotel. Mas ela estava realmente obstinada em ganhar (gastar) muito mais do que isso.
Depois de algumas cervejas a mais da minha parte, e alguns dólares a menos da parte dela, encerramos nosso primeiro dia lá.
Nos dias que se seguiram andamos bastante pela cidade, pegamos chuva, o que há muito eu não fazia. Andar sob a garoa numa cidade nova realmente é algo que fica na nossa memória, uma nostalgia gostosa que retorna naqueles dias nublados.
Se não me engano no terceiro dia finalmente aluguei um carro. Minha mãe já estava cansada de andar tanto, e por mais que eu gostasse de desvendar a cidade a pé, tinha mais coisa para ver que não chegaríamos sem um veiculo.
Neste dia fomos até José Ignácio, onde havia um mirante e um farol. Ao longo do caminho condomínios de alto padrão, vilarejos mais simples, um lugar realmente agradável de se visitar.

No final da tarde estávamos em CasaPueblo, a residencia/museu do artista (sim, pintor, poeta, escultor...) Carlos Paes Vilaró.
Vimos um por do sol fantástico, com um sol em chamas se pondo e poesia sendo recitada (ta bom, era um playback) na voz do poeta.
Um momento emocionante, e que vou carregar sempre comigo, na companhia da pessoa mais importante da minha vida.

No dia a seguir visitamos o Museo Ralli. Ver os olhos da minha mãe, como que uma criança, descobrindo tudo aquilo, realmente não tinha preço. 

Muitos alfajores depois, foi chegado o momento de retornar para casa. Uma grande alegria pois reencontraria meu marido, e apesar de terem sido poucos dias, sempre sinto um pouco de falta de casa. Porém ao mesmo tempo, uma sensação muito esquisita, de que foi realmente uma das viagens mais especiais que ja fiz pela companhia "inusitada", mas que talvez eu não conseguisse repetir isso muitas outras vezes, por motivos dos mais diversos.

Hoje ela ainda me convida, agora para ir com a família toda, de volta para Punta. Até agora não conseguimos planejar nada, mas quem sabe do futuro né?

(PS. Em busca de fotos de 2012 para ilustrar esse post )

Um comentário:

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