domingo, 15 de abril de 2012

iPhotos e D-Book

Desde semana passada retomei o trabalho de organização das minhas fotos.
Não só fotos de viagem, mas todo o passivo de fotos dos últimos 10 - 15 anos.
O advento da fotografia digital foi sem dúvida um dos maiores avanços no campo da geração de arte e um divisor de águas no assunto de registro de lembranças pessoais. Mas por outro lado, também criou um grande problema que é o "gerenciamento" de todo esse legado de imagens que vamos construindo ao longo da vida.
Uma viagem que você duplique as fotos na hora da cópia ou esqueça de unificar.... pronto, está criado o caos no seu acervo. E para re-estabelecer a ordem, haja pixels, paste e pacience .
Na semana passada finalmente consegui consolidar as fotos da viagem a Europa (que foi em maio de 2011 diga-se de passagem) em apenas 1751 fotos, sem duplicidade e sem "borrados".
Ainda sobrou a pendência dos vídeos, esse que será uma odisséia a parte dada a diversidade de origem (camera, iPhone, concorder). Mas só te de ter conseguido organizar as fotos já me dei por satisfeita.

Tudo organizado no computador, vamos a segunda etapa que é gerenciar os álbuns "físicos". 
Sim, eu ainda sou (ou era até agora) uma dessas pessoas que tem a necessidade básica de revelar as melhores fotos e construir um álbum real do evento. 

Eis que resolvo me modernizar, mas só um pouco,  e fazer ao invés da tradicional revelação* , tentar construir um foto-livro para solicitar a impressão.

Mas claro que, como tudo que tem valor, só existe se houver um grande trabalho envolvido. Grande trabalho esse que se mostrou maior do que eu gostaria.

Como feliz Macmaníaca, lá vou eu criar o foto-livro no iPhoto. Toda contente com o aplicativo da Apple, que monta o foto-livro com base nas fotos que selecionei, e depois me permite apenas fazer um ajuste, adicionar uns textos, e, quando necessário, editar as fotos "on fly". Várias edições depois, sépia, preto e branco, texto explicativo e firúlas, dou o "esqueleto" do foto-livro como terminado!
Dado então o trabalho inicial concluído, vou lá no auge da minha inocência verificar o investimento em termos financeiros da minha empreitada... 
É com algum pesar que descubro que não temos opção para foto-livro do iPhoto para o Brasil. Mas tudo bem, isso não seria um problema, mandaria entregar o danado em solo americano mesmo nesse caso.
Porém, ai chegamos numa parte, essa sim, impeditiva: o preço da impressão! Então um foto-livro de cerca de 60 paginas custaria a "bagatela" de 93 dolares, mais taxa de entrega!
Talvez eu esteja por fora dos preços, mas, considerei isso uma "pequena fortuna" para o meu primeiro foto-livro, nem tão bem diagramado assim.

Então, vamos para a segunda fase da odisséia (virou odisséia agora, escrevendo...). Buscar um local para impressão de foto-livro aqui no Brasil, com valores em reais e muito mais acessível, certo? Talvez. Se não fosse o fato que o iPhoto, proprietário como ele só, não exporta o foto-livro!
Achei um aplicativo compatível com a maioria dos sites que faz essa impressão aqui no Brasil, o D-book.
Um aplicativo muito bom, mas no primeiro momento, não a altura do meu iPhoto que criava já com os mapas, legendas, diferentes diagramações por página e permitia edição de dentro do aplicativo. (Sim, sim, fui abduzida pela organização Apple já faz alguns anos, e nada me parece tão bom quanto.)
Comecei duas vezes a recriar o "encantado" do foto-livro no D-book, mas desisti logo nos primeiros minutos. Muito detalhe e ajustes e pouca paciência, após o primeiro trabalho frustrado.

O que seria o óbvio e a salvação, importar o foto-livro do iPhotos não se mostrou uma opção, uma vez que nosso caro Jobs não era muito afeito a compartilhamento.

Dessa forma, tenho um foto-livro prontinho, aguardando pela queda do dólar e inclusão virtual do Brasil pela Apple para poder ficar pronto.

Enquanto isso, sigo separando as fotos e pensando quantos anos mais irei continuar com o bom e velho álbum de fotografias!

*Revelação é um termo que uso aqui com uma certa cerimônia, pois a palavra me remete instantaneamente as tradicionais "salas-escuras" de revelação. Nunca visitei uma pessoalmente, mas graças a Hollywood e todos os seus filmes tenho um respeito e admiração real pelas origens da fotografia e todo o ritual que faz parte disso.

2 comentários:

  1. Parabéns por todo esse capricho, Ju. A maioria das pessoas não tem ese cuidade com as fotos. Eu, sim, sou do tempo pré-foto digital e ainda hoje tenho "toneladas" de fotos em papel para organizar. Estou falando de fotos tiradas há 15, 20 anos atrás ainda empacotados e esperando um álbum. É bem verdade que o advento das fotos digitais causou uma tendencia a gerar excesso de redundâncias nos nossos registros fotográficos, principalmente em viagens. Por outro lado, trouxe também ferramentas específicas que abriram outras possibilidades para o gerenciamento e organização das imagens. A velocidade e flexibilidade para montar um álbum e torná-lo visível para os amigos e todas as facilidades para tratamento de cada imagem, trouxeram recursos sem precedentes nessa árdua fase de organização pós-captura de imagem. Vejo hoje em dia os álbuns digitais e alguns impressos de minha irmã (quase uma profissional da fotografia) e fico maravilhado. Um dia te mostro um de meus álbuns de viagem e o que eu fazia com as fotos que eu tirava e talvez voce entenda porque ainda tenho "toneladas" de fotos esperando por um belo álbum. Abcs

    ResponderExcluir
  2. Ju... Amei o texto... Traduziu em palavras o que penso faz anos!!!! A única diferença é que sou fã da Digipix e nunca usei o iPhoto, por isso ele pra mim é simples... Mas de qqer forma, ainda tenho um longo caminho a seguir, o Sá organização....

    ResponderExcluir

Obrigada por comentar :)