domingo, 16 de outubro de 2011

Capitais dos pecados capitais

Olá,
Pois bem, hoje iria apresentar a prévia de uma "série" de sete partes que pretendo apresentar aqui.


Seriam as minhas capitais dos 7 pecados capitais.
Perdoando o "lugar-comum" de algumas, e contando com sua curiosidade e receptividade para ver o meu ponto de vista que usei para eleger outras, aqui apresento brevemente os pecados e capitais que irei escrever nos próximos posts :)

Avareza - New York (e/ou qualquer cidade em USA) 
Desde que conheci o país, seus supermercados, farmácias e outlets, nunca mais consegui comprar no brasil como antes. Virei a pessoa mais ávara que conheço, pois tudo aqui que me interessa (eletronicos, roupas, bolsas, cosmeticos) me parecem absurdamente caros...

Luxúria - Amsterdam 
Não, não seria pelo óbvio dueto sexo e drogas livre. A luxúria aqui que sinto que a cidade me brindou foi a percepção que a cidade foi feita para o bem estar de quem a visita. Paisagens lindas, pessoas a vontade consigo mesmas, serviços que funcionavam, funcionários atentos as suas necessidades, educação e gentileza ao redor. Enfim, um luxo que raros lugares nos apresentam.

Cobiça/Inveja - Natal RN
Da minha parte, não tenho invejinha maior do que a de quem mora nesse paraiso. Um ar maravilhoso, calor e sol a maior parte do ano, cerveja gelada em todo canto, povo acolhedor e um amigo em cada esquina (se vc nao tem ainda, com certeza em uma semana fará) 

Gula - Deve ser Roma né? Qdo conhecer eu confirmo isso. Enquanto não vou a Roma, a minha cidade da gula mór hoje, continua sendo Sao Sebastião... O tudo de bom sorvete do Rocha, toda a sorte de guloseimas que minha mãe surta em fazer, acaba com qualquer tentativa de dieta. 

Ira - Sao Paulo 
Mas veja, aqui a ira de São Paulo além do tradicional trio transito, violencia e soberba das pessoas, o principal ponto "irado" que eu vejo na cidade é a abrangência da intensidade dos sentidos que a metrópole desperta nas pessoas. Tão amada ou odiada, cosmopolita e ao mesmo tempo bairrista, abriga tantos e tem tão pouca identidade (pois quem é muitos ao mesmo tempo não é ninguém)... Enfim, esse post creio que será um dos maiores rs. 

Preguiça - São Tomé das Letras 
Não preguiça da cidade, mas preguiça na cidade... Aquele sol na moleira em determinadas épocas, uma leseira (voluntária ou não), aquelas pedras, paisagem acidentada, comidinha mineira. Poderia passar um dia inteiro só sentada observando o vai-vém das pessoas, duendes e afins.

Soberba - Paris
Apesar de tudo que vi e me desapontou, estar nos pés da torre Eiffel me fez sentir uma pessoa 
única e privilegiada principalmente. Flanar pela Champs Elysee, mesmo sem ter o que gastar lá, fez que eu me sentisse, por uns minutos, a ricaça linda e magra que eu nasci para ser (sem dinheiro, mais acabadinha e com quilos a mais, mas ainda assim, no meu sonho megalomaníaco, a pessoa que eu nasci para ser ;) ).

E aí? Quando se fala em pecados capitais, qual cidade vem a sua cabeça?

A seguir cenas do primeiro pecado ;)

Boa semana! 


P.S> Falando em pecados capitais, dica de filme, meio óbvia até, mas se você não assistiu vale ver: Seven.
Ótima atuação de Brad Pitt e Morgan Freeman, neste suspense investigativo #eurecomendo



sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Planejamento...

Após alguns anos (seriam décadas) nisso de viagens, por mais que se seja uma eterna iniciante, acaba que precisamos desenvolver alguns métodos de organização para garantir o menor numero de imprevistos possíveis, bem como fazer a viagem mais econômica. Sim, bem econômica, afinal, ainda não descobriram esse meu talento nato para o turismo e não resolveram me patrocinar para ver as belezas do mundo (ainda!).
Então, desde a tenra idade aprendi que a forma de se economizar mais numa viagem, sem passar pro imensas privações, seria preparar tudo com a máxima antecedência, inclusive a compra de bilhetes aéreos e estadias, bem como ter um esboço e prévio conhecimento do que se vai visitar.
Ganha-se em tempo, perde-se em sustos e maximiza o dindim.

Convenhamos também, eu com esse tempo todo tentando viajar, fico até intimidada de comprar um pacote pré-pronto e com o ágio tradicional das agências de turismo.

Provavelmente você que veio até aqui ler isso, não deve ser nenhum iniciante no assunto e já deve ter seus macetes e preferencias para o planejamento das viagens. Portanto, o que compartilho aqui é apenas o “meu jeito” de fazer as coisas, e estou sempre aprendendo novas dicas e buscando maneiras de maximizar o passeio minimizando os gastos (comentários são sempre bem-vindos).

Assim sendo, compartilho aqui os pontos principais que levo em conta na hora de começar a planejar uma viagem. Esses pontos são importantes para mim quando se trata de:
  • a)    Uma viagem que vá durar mais que 3 dias para um destino inédito; ou
  • b)   independente do numero de dias, viagem internacional.
Há que se ter controle dos dias, para não perder tempo, e controle do câmbio, para não se afundar mais que o esperado em dívidas.

Para construir este controle, faço uma planilha simples do excel para cada período pretendido. A primeira foi meio no adiciona e deleta, mas feito algumas, já tenho um modelo base que só reformato de acordo com as peculiaridades de cada viagem.

A ideia era anexar a planilha aqui, mas como não achei essa opção e to sem conta em serviço de compartilhamento de arquivo, fico na dívida de adicionar ela num futuro próximo.

A minha planilha ‘base’ sempre é feita com o mês(es) que pretendo viajar. Ajuda no caso de ser uma viagem multi-destinos, para visualizar quantos dias serão em cada destino bem como as datas de deslocamentos (ou seja, dias semi-perdidos).
Então, o que faço é pegar um desses modelos de calendário do excel (as células facilitam as operações  matemáticas) com um espaço em cada dia, e distribuir o(s) destino(s) pelos dias da planilha. Dessa forma, é possível sentar com o parceiro (ou demais pessoas que irão participar da viagem)  e verificar se os dias parecem suficientes para o que se pretende conhecer necessariamente, e se contempla um período de ócio (ou não) em cada cidade. Segue a gosto do freguês.


Dessa vez, a viagem da vez que to planejando é a viagem de férias pela Califórnia e Nevada (Vegas e Grand Canyon). Então além do calendário base, tem uma aba com um mapinha dos EUA como referencia, para o caso de querer inserir alguma cidade não prevista no roteiro, avaliar a distância e tal. Coisa de quem adora viajar mas matou todas as aulas de geografia no colégio.


Dado o calendário e o mapa, vem a parte mais chata e detalhada do planejamento... A aba da planilha que só tem letras e números (e que números!).
Nessa aba, que vai definir em grande parte os rumos da viagem.
Essa parte da contabilidade inicial se resume ao que pode ser previsto em uma viagem:
Passagens aéreas
Passagens de trem/ônibus
Hospedagem
Locação de carro
Estimativa de despesa diária.


Com base nessa aba de contabilidade, é possível ter uma visão da despesa aproximada da viagem (há que se ter o cuidado de sempre arredondar os valores para cima – o que sobra sempre vai em souvinirs) .

Uma vez feito esse esboço inicial, passamos ao trabalho prático de “popular” esses dados da aba contábil com os valores reais que se consegue.
Após a reserva das passagens, escolha dos hotéis, reservas de carro e definição de dias.

Costumo fazer uma estimativa limite para os gastos com alimentação, combustível etc. Uso como base o valor usado pela minha empresa no per-diem, mas que se mostrou muito adequado para uma viagem com o mínimo de conforto. A ideia é sempre gastar menos que esse valor, mas serve como uma ideia e cobre possíveis imprevistos.
Sugiro com base em viagens anteriores, fazer a sua estimativa e ver qual o valor ideal para suas necessidades.

Essa parte apesar de mais aborrecida, é a mais importante, principalmente para os que, como eu, gostam de viajar, independente da condição sócio-econômica ;) Isso é, permite avaliar quanto de empréstimo é necessário na volta.

Atenção: não estou fazendo apologia ao endividamento! Cada um sabe o buraco em que se enterra.

Num post futuro, vou ver se coloco algumas dicas que uso para me guiar na hora de escolher um hotel num destino desconhecido.


P.S> Aproveitando a oportunidade... quer viajar mas ta com preguiça de planejar? Me coloca um comentário ou manda um email. Terei prazer em planejar/sugerir os 5 primeiros roteiros requisitados.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Parênteses

Abro aqui um parêntese, para postar uma música que desde ontem não sai da minha cabeça, e que para mim é associação direta com liberdade e viagem.
Acho de uma leveza e arte sem igual, letra e musica .

Terra - Caetano Veloso
Enjoy!



Quando eu me encontrava preso
Na cela de uma cadeia
Foi que vi pela primeira vez
As tais fotografias
Em que apareces inteira
Porém lá não estavas nua
E sim coberta de nuvens...

Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...

Ninguém supõe a morena
Dentro da estrela azulada
Na vertigem do cinema
Mando um abraço prá ti
Pequenina como se eu fosse
O saudoso poeta
E fosses a Paraíba...

Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...

Eu estou apaixonado
Por uma menina terra
Signo de elemento terra
Do mar se diz terra à vista
Terra para o pé firmeza
Terra para a mão carícia
Outros astros lhe são guia...

Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...

Eu sou um leão de fogo
Sem ti me consumiria
A mim mesmo eternamente
E de nada valeria
Acontecer de eu ser gente
E gente é outra alegria
Diferente das estrelas...

Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...

De onde nem tempo, nem espaço
Que a força mãe dê coragem
Prá gente te dar carinho
Durante toda a viagem
Que realizas do nada
Através do qual carregas
O nome da tua carne...

Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...

Na sacada dos sobrados
Da velha são Salvador
Há lembranças de donzelas
Do tempo do Imperador
Tudo, tudo na Bahia
Faz a gente querer bem
A Bahia tem um jeito...

Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?
Terra!

Trancoso e cada um no seu quadrado

Oiee...
Hoje, inspirada pelo feriado que chega, vim aqui falar de praia e verão... e luxo! :)
Para quem não conhece, Trancoso é um paraíso na terra situado um pouco ao sul da famosa (e datada) Porto Seguro. Mantém o clima mega quente da sua vizinha, acompanhada de belas praias, estradas estreitas e sinuosas e muita gente bacana.



Por partes.. quando digo gente bacana, é bacana mesmo, de todos os tipos! Não falo de gente rica, gente da moda, gente hippie e familias felizes... Falo de tudo isso ao mesmo tempo.
Sim, Trancoso é um lugar que você pode ir para desfilar seu novo biquini (e corpo) recém-adquirido por alguns vários dinheiros, e tentar se enturmar com as famosidades que lá frequentam.
Você também pode colocar sua touca de reggae e acompanhar um dos vários shows que acontecem quase todos os finais de semana com bandas novas, musica ao vivo e algumas bandas já não tão novas assim (quando eu fui, tinha show do Tribo de Jah).
Mas pera, não quer nada disso, não quer ver nem ser visto, nem badalar, só quer descanso num canto paradisíaco? Vai lá também. Com várias pousadas na praia, com direito a "sofazinho" na areia, piscina e serviço de bar/praia, com drinks gelados e preço camarada - a julgar pelo valor agregado de lugar de beleza pura.


Ah! sem esquecer famílias.. na nossa pousada, que coincidentemente era 'gay friendly' -  ao acaso, mas vamos combinar que gosto para viagem e viver bem, é imbatível o desse pessoal - uma família francesa, com marido, esposa e uma filhinha linda de uns 3 /4 anos, descobrindo o mundo ali no nosso nordeste.

Um povo super acolhedor, que provavelmente deve ter conquistado o dono da pousada, também francês, que em uma de suas viagens deve ter descoberto e se encantado por aquele paraíso.

E de noite, tem o 'Quadrado' :)
O Quadrado iluminado de Trancoso, com seus restaurantes, lojinhas e árvores iluminadas.



Igrejinha ao fundo.. e lixeirinhas em formato de casinhas coloridas...

como as do quadrado!

Naquele 'Quadrado', cada um no seu quadrado com espaço para ser e viver quem você quiser.


Cerveja gelada, aquele luar, reggaezinho de fundo (tinha também lugares com jazz para quem preferir), e tá feita uma noite de verão das melhores da vida.


Eu volto para Trancoso, ah volto, se Jah quiser, e ele quer ;)

P.S> Esse é o relato sumarizado e feliz da viagem a Trancoso, depois posto aqui o relato 'A minha vida como ela é' com direito a perda de chave de quarto, freezer desligado e translado sumido. Perrenges hão sempre de surgir, mas 'a vida como ela é ' é uma das partes mais divertidas que ficam na lembrança :D

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Katy Perry and New York

Em tempos de Rock in Rio, gostaria de escrever aqui sobre a minha lembrança de viagem para este festival... mas vou ficar devendo :( Até o momento não pude fazer parte dessa história, um dia quem sabe ;)
Mas, este festival começou com atrações menos rock e mais pop, dentre elas, uma mocinha bem atacada chamada Katy Perry. Mais uma entre tantas outras estrelas pop que surgem com a mesma velocidade que somem. Musicas animadinhas e só. Mas eis que assistindo ao show dela pela TV, me deparo com seu primeiro hit, pelo menos o que me apresentou a musica dela: hot n'cold. Abaixo coloco o link para o clipe, engraçadinho até.

O que isso tem a ver com viagens? Nada, se não fosse o fato da primeira vez que eu vi e ouvi essa música, foi num hostel na primeira vez que eu fui para New York, as vésperas do meu aniversário de 30 anos!
Divagando lentamente sobre aquela viagem, foi uma das mais marcantes da minha vida. Afinal, não é toda hora que passamos para a fase de 'balzaquiana' , e comemorar isso em New York, mesmo que sozinha, foi uma benção que eu jamais podia esperar dessa vida cheia de surpresas.

Foi a esticada de uma viagem de trabalho pesado, de 4 dias de atividade quase sem horas de sono. Após 5 dias em um hotel de trabalho muito agradável, lá estava eu de malinha e coragem indo para o hostel na 95 com a Broadway, para passar meus primeiros dias na  "capital do mundo".


Inicialmente me questionei muito se faria aquela visita sozinha a Big Apple, um pouco assustada com o tamanho do gasto e com o tamanho da aventura de estar sozinha e sem amparo profissional por uma cidade enorme e estrangeira. Mas logo aquilo se mostrou a coisa mais acertada que eu poderia fazer.

Intenso foi, estátua da liberdade, Metropolitan museu, 5. avenida, broadway com Mamma Mia (sem entender quase absolutamente nada do musical) e aqueles predinhos que as comédias românticas que tanto eu gosto não cansavam de me mostrar...

A visita a estátua ocorreu só no terceiro dia que fui ao Battery Park.. Não queria perder tempo em filas, uma vez que estava naquela cidade. Mas era um must do ir lá, e realmente foi muito bom ver aquele marco americano de perto.


O Empire State é impressionante por sua altura e a visão privilegia e panorâmica que apresenta da cidade.
Chegar lá no topo já se mostra uma aventura, com pelo menos dois elevadores e vários lances de escada.

O Metropolitan é um museu enorme e fabuloso, nas 4 visitas que fiz a cidade, as 4 vezes tive que visitar este museu, e ainda não vi tudo que eu queria com a atenção e o tempo que julgo dever dedicar ao local. Se eu for de novo, de novo vou lá no Met (A íntima rs)

Uma malha metroviária enorme, confusa e extremamente salvadora. Até hoje, só peguei um taxi naquela cidade. Voltando do Met obviamente, porque já estava moída de tanto andar, e não tem metro daquele lado do parque.

E o Central Park! Ahhh o Central Park, num cantinho chamado Strawberry Fields, minha música favorita dos Beatles, eu com meu iPod, naquele lugar, ouvindo aquela música e saudando o começo de  uma nova década.


Cansei de andar por aquele parque, não havia neve ainda, apesar de ser quase dezembro, mas havia aquele ar de outono, e as famílias ainda aproveitando o restinho de dias claros que teriam até a próxima primavera.
O frio de 3 graus era intenso para alguém que veio dos trópicos, e o vento quase cortava a face, o que causava ainda mais um sensação de momento único por estar ali.

A decoração de Natal da cidade que já estava sendo iniciada, é tudo aquilo que vemos na TV e mais um pouco. Muita luz, graça e leveza.


Enfim, sempre que ouvir aquela canção, irei retornar para aquele quarto pequeno do hostel, onde saudei a chegada dos meus trinta anos como jamais pude esperar.

Claro que no dia seguinte já estava eu nos braços do meu amado, com direito a primeiro buque de flores e um longo e saudoso beijo de boas-vindas. Se o melhor foi a viagem ou a chegada? A melhor parte sempre é voltar para os braços da pessoa amada! Mas esse blog é de sensações e lembranças de viagem, então a alegria da chegada fica guardada só para mim ;)

(esse balão eu encontrei por aquelas ruas, por incrível que pareça)


xoxo
(Gossip Girl é outra coisa que não me deixa esquecer aquele lugar)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A “minha” Angra dos Reis.


 Angra dos Reis é originalmente um lugar de Ricos e Famosos, yates, champagne e muita badalação, certo? Talvez...

A “minha” Angra, sempre foi diferente disso, e acho que por isso que eu gosto tanto.
Na minha infância, meu tio trabalhava na usina e morava na vila de Mambucaba, condomínio de casas exclusivo para os funcionários da usina.
Pelo menos uma vez a cada dois meses, íamos eu, meu pai e minha mãe, de carro pela Rio-Santos para visitar a família, rever meus primos e ter um fim de semana diferente.
Lembro como se fosse ontem daquela tradicional parada na saída de Ubatuba, onde tinha um bolo de chocolate maravilhoso. Não sou de lembranças gastrônimocas, mas aquele bolo realmente é parte da minha história, até hoje lembro com saudades...
Passado o bolo de chocolate, um chochilinho bem de leve, e lá estávamos nós passando por Parati. 
Podem dizer que eu tenho uma ideia deturpada da cidade, e até voltei a Parati uns 2 anos atras para ver se livrava desse estigma... Mas gente, só chove naquela cidade! Era tradicional, acordar do cochilo e ver tudo cinza, ou tudo cinza com chuva e raios. Enfiam, só haviam duas opções possíveis para aquela passagem relampago.
Ai então finalmente chegávamos em Mambucaba.
Sempre morei no litoral, mas nunca “na praia”. E lá em Mambucaba, ahh, o mar de Mambucaba... Com aquelas casinhas todas iguais, que frequentam até hoje o meu imaginário de condomínio ideal, íamos dormir ouvindo o barulho das ondas. O mar sempre agitado naquela região era garantia de um sono embalado pelo quebrar das ondas.



Meus tios estavam numa fase de “ascenção econômica”, compraram um apartamento e uma lancha, ambos no Bracuy. Bracuy era uma espécie de vila a beira mar, um pouco adiante das usinas, onde tinha marinas com os barcos e aquele ar de “Angra das celebridades”. Pelo menos é assim que eu me recordo.
Estive lá recentemente, e o que mais me marcou dessa vez foram as ruínas que lá se encontram, antes de chegar na orla.


Rastros de uma lembrança me trazem o passeio de lancha que fizemos. Com uma parada para petiscar em alguma das ilhas... 
Lembro apenas de esboços daquela época, mas guardo com muito carinho as lembranças da “minha” Angra dos Reis.

P.S> Alguns muitos anos depois, conheci a “Angra dos Reis” do Renato Russo. Totalmente diferente daquela da minha memória, e também diferente da Angra de “Caras” que conhecemos hoje. Mas arrebatadora e sinestésica, como o Renato por certo enxergava a construção daquela usina. 


Não importa quem nem quando, mas acho que é impossível passar indiferente pela Angra dos Reis! 


segunda-feira, 4 de julho de 2011

A origem...

Desde que me entendo por gente me vejo em uma estrada.
Filha única durante muitos anos de uma família simples, mas bem brasileira, com tios e tias espalhados pelo país, só me trouxeram momentos únicos.
Filha unica até os 13 anos, que coincidentemente foi o período em que mais viajei com meus pais.
Sempre morando na mesma cidade,  sem grandes mudanças de casa ou padrão de vida, mas a qualquer férias e folga pegando a estrada para visitar os familiares e desbravar o Brasil.

A mais remota lembrança que tenho de viagens é lá pelos idos de 1983, cruzando o país num chevete dourado, do litoral de São Paulo para a cidade de Natal, no RN. Coisa simples, cerca de 3 mil quilometros, com direito a paradas para dormir nos hotéis Flecha do caminho. Após coisa de 4 dias finalmente chegamos a casa dos meus tios, onde encontrei primos, avó e varias pessoas queridas que, apesar da distancia, sempre estiveram em meu coração desde então.

Do percurso desta viagem, lembro eu olhando pela janela do carro, ao entardecer, me despedindo do sol. Despedindo mesmo, dando boa noite e talz, até amanhã, esperando que o dia acabasse mais rápido para chegar antes ao destino final. Era uma distração, mas também uma iniciação do que seria minha relação com os caminhos dessa vida e o sol a iluminar minha vida.

Agradeço do fundo do coração aos meus pais, e principalmente ao meu pai, por ter me mostrado na tenra idade como a vida flui melhor quando entramos em contato com o caminho. Este blog, bem como minha paixão por viagem, é basicamente responsabilidade dele ;)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Memórias...

A intenção aqui é fazer uma retrospectiva de várias viagens que já fizemos.
Adoro viajar e com o tempo as coisas vão ficando pelo caminho. Aqui pretendo registrar tudo, para quando a memoria falhar, os olhos lembrarem o coração.